segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Mercado.

A pobreza não o permitiu deixar imóvel, ou algo de valor e ele sentiu o alívio quando assinou a papelada e conferiu a conta, agora, respeitável.
A negociata era mais segura que apólices e prescindia de qualquer formalidade e investigação e fora indicado por quem se utilizara com parcimônia destas trocas.
Sentiu-se desconfortável, eles, um tanto felizes e ele terminou seu caminho abraçado à um desconhecido coberto de branco limpo.
-Me orgulho de sua coragem e altruísmo... não menos que seus filhos e esposa, aposto!-Foi a única frase guardada, de todo encorajamento proferido.
Na sala estéril o deitaram na mesa.
Era homem saudável, de pouca bebida e nenhum outro excesso e lhes serviriam bem ao menos o coração, rins, córneas, e fígado...
Salvara de uma vez sua família, e uns outros tantos desconhecidos.

Anderson Dias Cardoso.

Um comentário:

Célia disse...

Alguma vezes, temos que perder ou negociar partes importantes de nós mesmos em prol daqueles que amamos, para que sintam-se seguros e felizes, embora, isto nos custe a própria vida!
Abraços...ótima semana!

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