sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Homem Justo.

Leiloaram um homem honesto, último exemplar!
E ele havia se  vendido à escravidão por vergonha à dívida, e foi propriedade particular, quando a opinião pública rogava direito de posse!
Ele era a Quimera municipal, a mitologia tornada crível pela carne e caráter que vestia, ainda que uns duvidassem do que diziam os ingressos, era mercadoria genuína!
Sem posses, sem direitos, se apegava  somente o que achava ser dignidade; essa subjetiva alienação dos fracassados,e, quando lhe negaram qualquer serviço para somente observar sua existência se resignou a viver a frugalidade de convidado que se considera inoportuno!
 Sua exclusividade garantiu seu peso em ouro, raridade que passava de dono a dono, uma dívida de pouco se tornava milhão!


Anderson Dias Cardoso.

Um comentário:

Célia disse...

Realmente, um apessoa honesta vale muito, já que é uma raridade neste mundo mercenário que se apresenta! Parabéns pelo escrito, moço! Sempre se superando!

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