quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sincero Consigo...


À despeito desta minha indiferença, que sem perceber feriu tantos, intencionalmente deixou morrer alguns, e me fez olhar distanciado tanta dor que me rodeia...
À despeito desta minha má vontade, minha amargura, minha ironia...
À despeito desta minha preguiça ocasional, meus desprezos por convenções e minha falta de humildade...
À despeito destas minhas criticas, das quais sempre classifico de sinceras, oportunas e construtivas, mas que me servem como palco demonstrativo de minhas inteligências...
À despeito destas minhas mentiras, minhas meias verdade e meu silêncio omissivo...
À despeito desta minha santidade farisaica, esse amor fingido, esse “quase se importar” sou alma que tenta ser gente; sou esperança da remissão de minhas maldades!
Sou verme entristecido pela inerência de minhas maldades; que enxerga outros iguais; que não se enxergam a si mesmos...


Anderson Dias Cardoso.

2 comentários:

Marcos Mariano disse...

Nem todos são o que são por que querem, muitas das vezes somos movidos por ações e atitudes involuntárias oriundas da nossa natureza, personalidade, como o escorpião que por natureza mata, assim também alguns de nós temos uma natureza não tão agradável. Mas acredito que o alto reconhecimento do mal que ha em nós, já é um grande passo para mudança.

Excelente texto

Masturbação Mental disse...

Pois não consigo ver tudo isso em um "vocÊ", em outros, e talvez seja injusto ao dizer que... sim. De qualquer forma o que vale é essa introspecção. É sempre bom que reconheçamos nossas deficiências, limitações. É o caminha mais próximo para a humildade e competência humana.
Um abraço.
Até mais ler.

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